quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Razão mínima

    Sinto na boca um gosto amargo, o qual não sei discernir... E está tão frio. Fecho os olhos para o que está em volta, mas mesmo assim vejo... E não entendo. Os acontecimentos me escorreram pela mão feito areia, fugiram de mim e me assustam.  E é tudo tão estúpido...
    Os pés, que eu juro firmes, estam flutuando em uma realidade absurda. E por quê?
    Uns minutos sem vigia, parabéns, este é seu prêmio.
    Vamos apenas assim... Porque depois da chuva, os raios de sol, mesmo que fracos, podem aquecer um olhar vazio.
    Um dia de cada vez.  



[28.12.11]

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Espera-ança

Observe a fogueira.
Ela possui o ardor do olhar de alguém que já observei em um espelho.
Ela grita, ela chama... Mas ninguém sabe o que.
Ela quer ser tocada, mas ninguém sabe como.
Ela consome a madeira.





Assim como a consomem.





Chegue mais perto, a sensação de calor é boa.
Tão boa quanto o frio?
Não sei... Pergunte a ela.
A ventania tenta...
A chuva deseja ser o agouro...
A água fria quer ser o fim.





Mas nada.
Nada...
Nada apaga a chama...
A chama.





É pequena...
Está nos restos da madeira que fora consumida...
Está no fim daquilo que foi um fogaréu, mas permanece ali...
Ali.
Querem ver seu fim, mas ela persiste e vai persistir.
O mais lindo dos sonhos.

domingo, 12 de junho de 2011

O Elogio da persistência de um quarto


   Existe uma pitada de esperança por trás daquela nuvem de incerteza, mas tudo bem, ninguém precisa saber.
  
   Um quarto escuro, mobiliado como qualquer outro: uma cama, um armário, um criado-mudo, uma escrivaninha... Roupas amontoadas em uma cadeira, lembranças espalhadas por entre os livros e os cadernos que estam, há muito, esquecidos na mesa de sonhos.
   As fotos no mural estam desbotadas. A ordem em que foram colocadas já não faz mais tanto sentido assim e o último recado que fora colocado continua torto e não fora lido.
   A janela quer ser aberta. O chão, que não fora mais varrido, deseja sentir o calor do sol... Calor do sol.
   Tudo continua em seu devido lugar, do modo que fora deixado no último dia, e ninguém mais entrou ali. Está silencioso, empoeirado e esquecido, mas continua ali. Continua sendo o quarto, continua guardando as memórias... Continua.
   Já o armário... Está vazio. Não há roupas, sapatos e nem as frustrações que, eventualmente, eram guardadas lá. Só há uma caixa, uma caixa de arrependimentos, verdades e cartas que nunca foram lidas. Ninguém encontrou. Ninguém enxergou.
   A nuvem... A nuvem cobre tudo, cobre toda a expectativa. Não tem cor, cheiro, nem mesmo um nome. É indeterminada. No entanto, cobriu o que estava ali... A porta, os desejos, os acontecimentos, a espera. Seja o que convivesse ali, se fora. A porta se perdeu.    





[Fim de sábado, pelas 11 e tantas da noite.] 

domingo, 24 de abril de 2011

Criando defesas a Morpheus


 Queria que decifrassem meus sonhos e fizessem-me entender porque eles parecem tão loucos assim, de primeiro olhar. É difícil lembrar a última vez que sonhei algo que pudesse ser classificado como ‘’normal’’, o que quer que seja que essa palavra sacana signifique... Mas sonhos não precisam adentrar a normalidade, não é?
 Lembro as sábias palavras de alguém há muito esquecido me dizendo para nunca dividir meus sonhos com ninguém porque ‘’eles fazem parte de um mundo que só pertence a você, de fato e de direito’’ e em parte até que é verdade. Qual pessoa nunca teve um sonho que logo após de acordar pensou ‘’Esse eu nunca vou contar pra ninguém’’ ou simplesmente ‘’Uau!’’, que atire a primeira pedra! Mas também existem aqueles sonhos de pessoas realmente Sonhadoras com S maiúsculo, que desejam o conserto do mundo, o conserto dos sentimentos humanos... Mas esse texto tem a finalidade de ser casual e não entrarei nesse mérito hoje.
 Pensando em mundos interiores, paralelos e particulares, hoje presenciei uma cena, provavelmente bem comum, do cotidiano de umas pessoas desconhecidas... A mãe olha para a filha, de no máximo seis anos, e diz ‘’Para de sonhar acordada, menina, que coisa!’’ e aí dá um puxão para a pobrezinha ‘’acordar’’... Foi esse acontecimento curioso que me fez pensar sobre meus sonhos e os sonhos que, talvez, uma garotinha de seis anos tenha. É tão difícil na rotina das pessoas conseguir encontrar alguém que, mesmo por um momento esteja sonhando acordado... Quero dizer, por vontade própria. Porque involuntariamente é muito fácil de reconhecer talvez dezenas em poucos minutos. Por vontade própria que quero dizer é alguém que se permita se desligar daquele mundo rotineiro e apressado a que estamos acostumados viver para se dar um momento prazeroso de sonhos e pensamentos íntimos... Alguém que se permita viajar tão longe a ponto de perder o trem que o levaria para o trabalho, sem se importar que vai chegar alguns minutos mais tarde e que, talvez, isso possa lhe custar algo do salário, só para ter aquele momento humano de aspirações, pensamentos e sonho.
 É engraçado pensar que é um momento em que não precisamos ter vergonha do que vamos ‘’fazer’’ ou ‘’dizer’’ porque tudo faz singelamente parte de um fluxo infinito de pensamentos... Eu, particularmente, gosto de pensar que exista algo em minha vida que seja inteiramente meu, sem egoísmos ou nada do tipo, algo que me pertença. E suponho que por isso ter visto uma mãe, por mais amável que seja, privar, involuntariamente, é claro, sua filha de viver intensamente algo que a pertença a ela e só, exclusivamente, a ela, tenha me irritado um pouquinho. Sonhos podem lhe conduzir e definir e, também, lhe fazer persistir porque o que seria a Esperança senão um sonho fantasiado de sentimento?
 É... Eles nos completam e se é que posso dizer, nos fazem viver de maneira mais leve, dependendo de como forem interpretados por nós... Ou, eu é que sou Sonhadora demais.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

''Give peace a chance''


  Em uma janta qualquer o pessoal resolve quebrar a rotina e liga a televisão... E eu perco a fome. Acontecimentos como esse no Rio de Janeiro me fazem pensar nas pessoas que acreditam no ser humano, pessoas filantrópicas que acreditam que tudo pode melhorar, tudo pode mudar... E em momentos como esse eu me pego pensando no quão essas pessoas são sonhadoras... Mesmo sendo uma delas.
  Eu nunca esqueci de uma parte de ‘’O Caçador de Pipas’’ em que o pai de Amir explica que roubar é o pior dos pecados... Não me lembro das exatas palavras, faz três anos que li, mas me lembro da parte em que ele diz que matar alguém é roubar o direito que essa pessoa tem de viver... E é a absoluta verdade. Vai muito além de minha compreensão entender porque uma pessoa resolve acabar com a própria vida e, de quebra, com a de mais não sei quantas crianças. Acabar com a própria vida, beleza, quer morrer? É uma escolha, não é? Mas o que aquelas pessoas tinham haver com isso?
  O que mais me indigna é o individualismo de uma criatura dessas... Do tipo ‘’Danem-se as crianças e o futuro que elas poderiam ter, danem-se os pais e os familiares, dane-se a dor que todos eles vão sentir, o que eu quero é me desumanizar antes de morrer!’’. Eu, realmente, não entendo. E vou ficar sem assistir qualquer tipo de jornal pelo menos na próxima uma semana... Não agüento ver o fato de que uma tragédia como essas pode interessar tanto a população, é lamentável.
  Sem generalizações, eu sei que não é um imbecil como esse que vai fazer com que o mundo inteiro vire um psicopata ou algo do tipo, eu sei que existem pessoas boas, ou, pelo menos, acredito nisso, só não consigo conter minha indignação. No final, acho que eu é que sou sensível demais...
  Desejo a todas as famílias muita força e esperança nesse momento difícil.       

domingo, 6 de março de 2011

Brisa Matinal

O vento sopra e canta em meu rosto, afasta a névoa de minha mente e permite que revivam as mais variadas e ocultas sensações juntamente com sentimentos antigos e há muito esquecidos.
E eu sinto, infinitamente, eu sinto cada memória se tornando palpável... Sinto.
Então fecho a janela e vejo a névoa cobrir as partes ocultas de mim como se estivesse fechando-as em uma caixa. Uma sensação de alívio paira sobre o cômodo vazio e caminho em direção a saída... Para mais tarde sentir saudades, até mesmo, do que não tive, denovo.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Quase um sentido

Não se assuste se apenas vê o movimento dos meus lábios, quando na verdade estou a berrar enlouquecidamente. Apenas significa que meu mundo ficou longe demais até mesmo para meus gritos se fazerem ouvir por quem não faz questão de fazê-lo.
Sinto, como em nenhuma outra vez, uma força tão particularmente estrondosa que de bruta se faz sutil e o que deveriam ser passos escandalosos se tornam movimentos graciosos e ternos. Talvez, eis que a grande lacuna que impossibilita a meus gritos serem ouvidos seja a solução do enigma, que me faz distante do local em que a sonoridade não me é possível: O frio de retratos mudos não diminui o ritmo de meus passos, meramente refina.

02.03.11

Força de vontade [feito em algum lugar entre 2008 e 2009]

Quero escrever hoje aquilo que pensei ontem e que não quero viver amanhã.
Quero deixar essa vontade de sumir embaixo de um lençol de cama quebrada num hotel barato.
Eu quero..
Quero simplesmente ficar em paz..
Eu quero o ar.
Que se foi sem dizer quando vai voltar, mas que se esqueceu que sem ar, eu não sei respirar.
Quero um novo dia.
Um novo começo.. Por que não?!
Quero enxergar..
Ver ao longe aquilo que ninguém pode adivinhar..
Quero mostrar..
Fazer cada um entender o que eu sinto e o que explode.
Quero a verdade..
Algo concreto, que não seja efêmero e não possa morrer.
Quero o sorriso..
A risada, rir, rir, até chorar.. Mas sempre, de rir.
Quero o querer.. A vontade, o desejo..
Quero ficar.. E ir embora quando for preciso.
Quero sumir.. Mas poder ficar sempre perto para voltar.
Quero a proteção..

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Diálogo [Feito em 20/03/2010] 

''- Não seria tão dificil de explicar se você ao menos tentasse direito.
- Mas não tem como ter certeza se existe algo a ser explicado realmente.. É confuso.
- Se algo te faz falta é passível de explicação.
- Depende muito.. Varia de pessoa pra pessoa! Não tem nem como ter certeza se algo realmente faz falta.. E se faz, por que faz? Se faz é porque esteve aqui então.. O que esteve aqui?
- Ok, eu entendi que é confuso, não precisa me confundir junto..
- Você na verdade não quer a explicação.. Na verdade.. Ninguém quer. Quem gostaria de ouvir, entender ou sentir algo que é surreal?
- Feche as suas portas.. Suas idéias hão de te enlouquecer.''

Qual é o valor de uma nova tentativa?

[Feito em 22/10/2010]

É duvidoso o fato de as pessoas pensarem várias vezes antes de desistir de alguma coisa, pelo menos pra mim. Na real, o pessoal nem quer se dar o trabalho de pensar demais... Afinal de contas, como diria um ilustre professor meu 'Pensar não dói, incomoda' haha. É inevitável... A maioria das pessoas segue uma rotina que talvez nem tenha consciência de que segue, é modo automático e acabou, se perguntar pro fulano o que ele acabou de fazer, é capaz de ele não responder por, de fato, não saber. E quem se importa, não é mesmo?!
É super fácil encontrar um exemplo por aí. Veja bem: Você sai por aí como quem não quer nada e começa a reparar nas pessoas na rua (particularmente, faço isso o tempo todo!), e então você descobre que a grande maioria delas não vai nem notar a sua presença ali... Você é só mais um na multidão, talvez até um obstáculo pelo qual ela tenha que desviar! Curioso...
Em diversas situações na vida você é simplesmente mais um, já parou pra ver isso? Se você pega ônibus todas as manhãs, talvez saiba exatamente a que me refiro. São pessoas e pessoas... Que... Bom, estam no mesmo ônibus com você todas as manhãs, olha que coisa! Mas sequer o nome delas é de seu interesse porque, enfim, ‘Bom dia’ já é sinal de educação não é? Já está ótimo! Quem sabe o próximo Freddie Mercury não está ali? É... Você nunca vai saber haha.
No entanto, a culpa não é só de você que não pensa, vai... Vamos jogar a merda no ventilador! Na real, não querem que você pense... Consciência trás questionamentos... E, ‘olá, não gostamos de questionamentos! Na verdade, queremos até a imprensa calada!’ É... Meu caro, essa é a sua sociedade, agora sorria!
Mas, enfim... Nem presta pra nada pensar duas vezes antes de desistir algo, não é? Se não der certo, pff, deixa pra lá! Tsc tsc... Não gosto de ver robôs andando por aí... Gosto de lapsos de consciência e ataques de revolta e protestos e... Uou! Senso crítico... É bom também! Mas nãão... É perda de tempo... Porque... ‘Cala a boca, menina, vai começar a novela!’

Crônica de bolso

É tão leviana a arte de escolher pelo que lutar. É tão efêmera a decisão de optar pelo que cultivar e levar adiante... O tempo faz com que as coisas realmente se percam em meio as mudanças e o ser humana tem a irritante mania de não conseguir lutar contra a ''pressão dos dias passados''.
E então você sente que assistindo a filmes assim ao seu redor você também não consegue mais fazer com que aquilo que era tão necessário continue vivo dentro de você como uma vela em um dia sem energia. E aí a saudade se torna um oxímoro sem graça e a incerteza uma metáfora muito mais do que viva.
E quando você enfim pensa que no fim tudo vai dar certo, jogam um balde d'água em cima de você e dane-se... Não importa o que você realmente pensava sobre, só aceite. E então fica tão difícil entender...
Aí você se arrepende de não ter dado toda atenção que alguém cobrava de você... Se arrepende de não ter dito aquilo naquele momento em especial... De não ter feito, não ter tentado, não ter avisado, não ter ligado, não ter cumprido a promessa, não ter se lembrado... E então passou.

[Feito em 11/11/2010]

It's all happening, ALL happening...

Diálogo [Feito em 26/01/2011]

''Às vezes, as pessoas possuem desafios, missões a serem compridas, a serem levadas adiante, por vezes, pode demorar anos para se entender o que realmente aconteceu com uma ou outra pessoa ou o destino de uma ou outra relação.''
''Só é difícil pra mim conseguir compreender, levar...''
''Tantas coisas acontecem... E com quem você fala? Sabe, o tempo mostra o quanto as relações das pessoas são superficiais, o quanto são fracas. Ter uma relação realmente forte com alguém requer que você construa isso com essa pessoa, requer tempo, experiências, momentos, lembranças boas e ruins, confiança... A confiança de saber que não importa o que aconteça aquele alguém vai estar ali pra você, mas vai estar mesmo.''
''E como ter certeza?''
''Sabe, parentesco, laços de sangue, não são o bastante para firmar a relação de duas pessoas, não garantem que aquilo vai ser seguro e rígido. Tenho duas pessoas que sei que vão estar do meu lado independente do que aconteça, uma delas é minha mãe e o fato de ser a minha mãe não significa absolutamente nada, eu sei que vai estar do meu lado sempre que eu precisar simplesmente porque ela é uma boa pessoa que quer o meu bem, entende onde quero chegar?''
''Superficialmente...''
''O que quero que você entenda é que não é porque seu pai é seu pai que ele vai realmente exercer o papel de seu porto seguro, por exemplo. Existe a família que não escolhemos e aquela que escolhemos e, também, aquela que nos escolhe, entende a idéia? Família, amigos, namorado, marido, são nomes... Nem sempre o fato de uma pessoa ‘’carregar’’ um determinado ‘’nome’’ que ela vá ficar pra sempre do seu lado. Como eu disse, as relações são efêmeras. Você pode chamar alguém que põe a mal no fogo por você de amigo e outro que a apunhala pelas costas pode ter a mesma denominação, no entanto, estas possuem intenções e sentimentos distintos, certo? Sei que é confuso, mas faça um esforço, tente entender.''
''Sim, ficou mais claro. É como se um ''nome'' determinasse uma ''cobrança'' para cada pessoa que vive ao nosso redor.''
''Exatamente, mas não quer dizer que a ''cobrança'' vai fazer com que a pessoa aja como tal. O tempo, a interação entre duas pessoas, faz com que pontes sejam construídas. Alguém que possui a sua confiança tem um ''atalho'' pra chegar até você quando é preciso, algo que um desconhecido não possui, eis a ponte que vocês construíram.''
''Me entristece pensar nisso... Quero dizer, não posso ter certeza se realmente construí pontes, mas sinto que as que acho que construí estam cruelmente distantes agora... Quase impossíveis de alcançar...''
''Se você sente-se assim, provavelmente, essas pontes existem. A distância pode ser simplesmente um desafio, como uma tempestade que quer, a todo custo, derrubar essas pontes, e estas só sobreviverão se forem fortes o bastante. Se o desafio for superado, você terá pontes mais fortes do que tinham sido antes e isso vai significar que possui alguém, em algum lugar (que não precisa ser necessariamente perto de você), que vai estar ao seu lado independente do que aconteça.''
''Como posso ter certeza? Parece que tudo mudou tanto, parece que não existe mais a mesma importância.''
''Ora, não pode. Só o tempo vai te dizer se você construiu ou não pontes rígidas e verdadeiras. É preciso que você aceite, mesmo sem entender, que mudanças são extremamente necessárias e, o mais importante, que não significam algo ruim. É praticamente impossível que alguém que você conhece há, sei lá, sete anos, seja do mesmo jeito desde o momento em que conheceu, você mesmo é uma eterna mudança e isso não é algo ruim, pelo contrário. O fato de as pessoas mudarem tanto, o fato de sentimentos mudarem tanto não implica diminuição ou aumento. É importante que mudem e, numa boa relação, significa que amadureceram, podem até estar mais fortes, independente de acontecimentos, distância e até maus momentos.''
''Parece tão simples ouvindo assim...''
''Mágoas, confusões, e qualquer outro sentimento, mesmo que bom, nos impedem de entender coisas simples assim, é bom buscar ajuda. Por tudo que você passa, é realmente importante que você saiba quem está e quem não está, de fato, ao seu lado. Eu sei o quanto você gosta de ajudar os outros, dar conselhos, ouvir... E essa é a hora que você precisa do mesmo daqueles que você ama e que, realmente, amam você. Mas é importante que você ACEITE a ajuda e se lembre que, muitas vezes, uma mão realmente firme surge de onde você menos espera, desejando a todo custo te manter de pé.''
''Como assim?''
''Às vezes, existem pessoas a nossa volta que querem, e querem MUITO, nosso bem, mas por alguma razão existe um muro que impede que isso aconteça e, na maioria das vezes, quando você mais precisa são esses que vem até você oferecer apoio. Não digo que vá acontecer com você, mas peço que se, caso aconteça, você aceite, entende? Sem orgulho, sem mágoas passadas. É possível um recomeço pra qualquer um.''
''Acho que entendo, obrigada.''
''Tudo vai passar.''